(Ramos de um carvalho, uma das árvores sagradas no Druidismo. Irlanda jul/2012.)
Escrevi uma vez um texto falando sobre
como iniciei o caminho no Druidismo, então não vou falar exatamente isso para
não me repetir. Mas vou falar (quero dizer, escrever rs) o que o próprio tema
propõe: por que druidismo?
Bem, porque me sinto
profundamente atraída pela cultura e espiritualidade céltica, em especial a
irlandesa (mas não somente por esta). Porque de alguma forma acredito e sinto
que em alguma vida passada já vivi em terras célticas. Porque quando escuto uma
música de inspiração celta (ou seja, irlandesa, escocesa, galega...) me arrepio
até os ossos e meu coração se aperta sentindo um misto de saudade e alegria intensa
ao mesmo tempo (aliás, a minha primeira experiência de contato com a cultura
celta foi por meio da música). Porque mesmo um povo (ou povos, pois eram várias
tribos) estando há tanto tempo “morto” (mil aspas aqui! rs) a sua cultura ainda
ecoa em nossos tempos e ressoa intensamente em meu coração e espírito.
Porque
sei que o Sagrado está na natureza e em praticamente tudo a minha volta, e que
não só o ser humano possui alma, mas também os animais, as árvores, os rios,
pedras e até mesmo os objetos no meu altar (ou centro devocional, como alguns
preferem chamar). Porque desde muito tempo adorava ouvir histórias de seres
encantados, de Iaras, botos, cobras grandes, fantasmas, enfim, seres do
imaginário amazônico, e também do europeu, como as fadas, sereias, ninfas, espíritos
do vento, das árvores... Pois mesmo sendo lendas ou contos de fadas algo me
dizia no fundo que elas realmente são reais. Porque acredito que o Druidismo é
uma dentre muitas formas de espiritualidade e de vida que a humanidade mais
necessita se aproximar e entender nos dias de hoje. Uma espiritualidade que reconheça
a sacralidade da Terra e dos seres que nela habitam, e que busque reconectar o
passado, a Ancestralidade (sem, no entanto, ignorar os benefícios da
modernidade) com o presente. E porque sinto um grande encantamento pela vida, pela
natureza (e todos os seus ciclos, que são nossos ciclos também), pelos pequenos
detalhes do dia-a-dia até os grandes mistérios da natureza e universo.
Encantamento esse que o ser humano precisa descobrir de novo, e o quanto antes,
para o seu próprio bem e o do mundo.
É por tudo isso e muito mais que
sigo e vivencio o Druidismo, em cada minuto do meu dia. Seja fazendo uma oração
diante do altar, ou observando o pôr-do-sol, cuidando das plantas na varanda,
amando a minha família, ou apenas ouvindo uma música celta. E olha que não tem
um dia que passe sem que eu ouça música celta, pois pra mim não há nada melhor
do que as músicas (e os mitos) celtas para entender a verdadeira alma do
Druidismo e da(s) cultura(s) céltica(s). Um sábio já disse que a música é a
alma de um povo. Schopenhauer escreveu que “a música exprime a mais alta
filosofia numa linguagem que a razão não compreende”. E o maravilhoso e inspirado
Khalil Gibran nos disse que a música é a linguagem dos espíritos. A Grande Canção...
era como os irlandeses há poucos séculos atrás chamavam Deus...
Que lindo Mayra. Parabéns. Muita inspiração p/ você! /|\
ResponderExcluir;*
Espero que a experiência de escrever os 30 dias sejam de auto-conhecimento e de compreensão da tua visão sobre a Tradição.
ResponderExcluirInspirada seja!
Bach
Encantada com nossa fada amiga que, durante todos esses anos, pude acompanhar bem de pertinho o seu nobre caminhar... Muitas bênçãos de inspiração!!!
ResponderExcluirRowena /|\
Gostei pois a Mayra falou com alma,sentir a alma no que se escreve,druidismo é isso acesso a alma! Parabéns!
ResponderExcluirObrigada pelas palavras e força gente! ^^
ResponderExcluirBjs e bençãos dos Antigos :)