Na minha terra não tem Carvalho, mas tem Samaúma.
Na minha terra não tem Aveleira, mas tem Açaí.
Na minha terra não tem corvo, mas tem urubu e tem anu.
Na minha terra não tem cisne, mas tem garça.
Onde eu nasci não tem tinta azul.
Mas pra se pintar, usamos jenipapo e urucum.
Onde eu nasci não tem zimbro, mas tem breu e priprioca.
Onde eu nasci não faz frio,
Mas quando chove a gente deita na rede e se embala com a
canção do vento e da chuva. E se der, ainda come uma tapioca.
Se isso me afasta do Druidismo ou dos Celtas antigos, eu vos
digo: pelo contrário. Isso me aproxima deles e me religa ao que tem de mais
sagrado: a Natureza.
Mayra (Darona) Ní Brighid.
Mayra (Darona) Ní Brighid.
(Raízes de uma samaúma, foto de Araquem Alcântara).
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