Conta, ó querido bardo,
As histórias antigas
De tempos de outrora
E que ainda guardas de mansinho
Em tua memória.
Conta meu amigo,
Conta calminho,
Conta mansinho,
Conta estrondoso,
Ou então silencioso,
Os versos que ouvira ao redor do fogo.
Conta...
Canta...
Me encanta.
E quem sabe ao cair no sono
Os deuses me venham em brilho gracioso
Soprando-me cantigas de um tempo formoso.
Conta...
Canta...
Me acalanta.
E me diz o segredo do sol, da lua e cada planta.
Me ensina a ouvir as estrelas, as árvores e o vento,
Pra que a magia desperte em mim nesse momento.
Conta, ó querido bardo
O que ninguém mais sabe
O sabor da chuva
E o coração da terra que bate
A mensagem no voo do pássaro
E a passagem escondida no teu passo.
Quem sabe a lembrança saia do esquecimento
E no coração humano desperte um antigo,
Porém, novo sentimento.
(Darona, em Terras Aquirianas, 06/01/2013)
Nenhum comentário:
Postar um comentário